Coronel Jorge Teixeira de Oliveira
CORONEL JORGE TEIXEIRA DE OLIVEIRA
ORIGENS
O Cel Art JORGE TEIXEIRA DE OLIVEIRA nasceu em 01 de junho de 1921, na cidade de General Câmara - Rio Grande do Sul. É filho do Sr. Adamastor Teixeira de Oliveira e da Srª. Durvalina Estibem de Oliveira, e foi casado com a Srª. Aída Oliveira. Faleceu em 28 de janeiro de 1987.
"Teixeirão" e o CIGS
O Centro de Instrução de Guerra na Selva foi criado com o Decreto Presidencial 53.649, de 2 de março de 1964, sendo seu primeiro Comandante o Cel Art JORGE TEIXEIRA DE OLIVEIRA. Para capacitar o núcleo inicial de recursos humanos que formaria o corpo docente, o então major TEIXEIRA — "Teixeirão", como o chamavam os mais próximos — e uma equipe de militares foram enviados ao Panamá e tornaram-se os primeiros "jungle experts" brasileiros no Jungle Operations Training Center (USAJOTC). Após o curso, o Maj Teixeira iniciou um trabalho fantástico de erguimento da estrutura que redundou na formação, em curtíssimo prazo, da primeira turma de guerreiros de selva, em 19 de novembro de 1966.
Como primeiro Comandante do CIGS, coube-lhe a escolha, a delimitação da área da sede do campo de instrução e a construção dos pavilhões que deram personalidade ao Centro de Instrução de Guerra na Selva.
Inúmeros foram seus feitos e destacadas foram suas atuações, conforme atestam os elogios recebidos de seus chefes, sempre enaltecendo seu espírito inquieto, sua vontade inquebrantável, seu caráter firme e sua competência profissional.
Em 5 de janeiro de 1969, como comandante do CIGS, foi nomeado, pelo Comandante do CMA e 8ª RM, comandante das tropas brasileiras em Roraima, nas localidades de Bonfim, Normandia, Surumu e Marco BV-8 para fazer face aos problemas advindos da revolução interna ocorrida em Rupumuni – Venezuela, quando exerceu na plenitude suas habilidades de chefe e líder.
A ele também se deve o brado de Selva! Conta-se que na época de sua criação, o CIGS não dispunha de ficha de serviço de viatura em seus primeiros dias, o que levava à sentinela perguntar o destino das viaturas que saiam do quartel. Quase sempre recebia uma resposta apressada e lacônica — Selva! — era seu destino. A resposta curta, tão repetida, fez-se saudação espontânea e vibrante, alastrou-se, expandiu o seu significado, ecoou por toda a Amazônia contagiando a todos com o mesmo ideal.
Em 3 de maio de 1970, assumiu a presidência da Subcomissão Geral de Investigação do Estado do Amazonas, por determinação do Senhor Ministro do Exército, sem prejuízo das funções que já exercia.
Foi exonerado do comando em dezembro de 1970 e, já em 1971, foi nomeado comandante do Colégio Militar de Manaus. Foi o seu fundador, tendo sido exonerado em 1974. Criou, ainda, o Círculo Militar de Manaus (CIRMMAN), sendo o seu primeiro presidente.
Sua atuação e comportamento transcendeu a vida militar, tendo conquistado o carinho e admiração a população amazonense, que certa de sua sinceridade de propósitos e de seu valor, agradecida pelos inúmeros feitos e benefícios que a sua atuação trouxe para o Estado, outorgou-lhe, numa prova eloquente de reconhecimento e de gratidão, o honroso título de Cidadão do Amazonas, que lhe foi entregue pela Assembléia Legislativa do Estado.
Reconhecendo a importância do trabalho pioneiro do "TEIXEIRÃO", o Exército Brasileiro concedeu ao CIGS a denominação histórica de Centro Coronel Jorge Teixeira.
É uma justa homenagem àquele que legou às gerações posteriores uma escola militar ímpar, considerada a melhor escola de guerra na selva do mundo.
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