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Mística

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O Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS) apresenta, na sua essência, alguns símbolos que permitem manter acesa a chama da mística da Guerra na Selva. Alguns deles são:

Símbolos utilizados no Comando Militar da Amazônia (CMA):

Canção do Soldado da Amazônia:

 

A Oração do Guerreiro de Selva:

Símbolos exclusivos do CIGS:

Distintivos do CIGS

Desde sua criação, o CIGS teve quatro distintivos. O primeiro – o distintivo pioneiro – durou até a transformação em Centro de Operações na Selva e Ações de Comandos (COSAC), em 1970; extinto o COSAC, em 1978, a OM retornou à descrição original, mas alterou o distintivo pioneiro; mais adiante, em 1994, o símbolo foi aperfeiçoado e permanece até os dias atuais.

Distintivo Atual (1994)

- O distintivo atual foi configurado em 1994, tendo como base o modelo 1978, que sofreu alterações no chefe, passando a conter duas faixas horizontais, vermelha e azul, e substituindo-se a inscrição “OPERAÇÕES NA SELVA” por coroa de folhas de castanheira (BI Nr 097, de 25 maio 1994, do CIGS).

- Descrição: Escudo peninsular português, contendo: (1) chefe em duas faixas horizontais nas cores heráldicas vermelha e azul, representativas do Exército Brasileiro, carregado com a sigla “CIGS”, da OM; (2) bordadura em amarelo, carregada com uma coroa de folhas da castanheira em verde, abraçando escudete ao centro; e (3) escudete ao centro, em verde, representativo da imensidão da selva amazônica e o indômito sentimento de brasilidade, carregado com cabeça de onça pintada voltada para destra, encimada por estrela singela representativa de escola.


Distintivo Atual do CIGS

Distintivo Pioneiro (1966)

- A partir da criação do CIGS, alguns modelos foram propostos pelos instrutores e monitores, inspirados inicialmente pelo símbolo do Curso de Guerra na Selva do Exército dos EUA no Panamá, até chegar-se ao distintivo da OM, que perdurou até a mudança para COSAC.

- Descrição: Escudo peninsular português, tendo o chefe vermelho carregado com a sigla “GUERRA”; e bordadura em amarelo, carregada com a inscrição “NA SELVA”, abraçando escudete verde, carregado com cabeça de onça pintada voltada para frente.

Primeiro distintivo do CIGS

Distintivo do COSAC (1970)

- Em 29 de outubro de 1970, Decreto n° 67.458, o CIGS passou a denominar-se COSAC, determinando alteração do distintivo da OM. Foram, então, acrescentadas as inscrições “OPERAÇÕES NA SELVA” e “COMANDOS”, em alusão ao Curso de Ações de Comandos (CAC).

- Descrição: Escudo peninsular português, tendo o chefe vermelho, carregado com a sigla “COSAC”; e bordadura em amarelo, carregada com a inscrição “OPERAÇÕES NA SELVA”, abraçando escudete verde, carregado com cabeça de onça pintada voltada para destra, encimada pela inscrição “COMANDOS”.


Segundo distintivo do CIGS (COSAC)

Distintivo do CIGS (1978)

- Em 10 de janeiro de 1978, a OM voltou a ter a denominação “CIGS”, deixando de conduzir o CAC, que retornou ao Rio de Janeiro, a cargo da Brigada de Infantaria Paraquedista. O distintivo, no entanto, não manteve a configuração da época do Coronel TEIXEIRA. O chefe retornou à inscrição “CIGS”, saiu “COMANDOS”, mas “OPERAÇÕES NA SELVA” do COSAC foi mantida.

- Descrição: Escudo peninsular português, tendo o chefe vermelho carregado com a sigla “CIGS” e bordadura em amarelo, carregada com a inscrição “OPERAÇÕES NA SELVA”, abraçando escudete verde, carregado com cabeça de onça pintada voltada para destra.


Terceiro distintivo do CIGS

Relatos Históricos

Distintivos do CIGS
Gen Bda R/1 Bueno
Boletim Interno do CIGS, 2006(b)

“Instalada a nova Unidade e apresentados seus primeiros integrantes, esses partiram para criar um distintivo que os destacasse dos demais militares da guarnição. As motivações eram muitas: Unidade com missão inédita no Exército; em área considerada por todos os militares como de “castigo”; instrutores e monitores com curso de habilitação no exterior e curso com elevadas exigências físicas e psicológicas, tanto para o corpo discente como para o docente. Estes aspectos reunidos conduziam ao estabelecimento de um forte espírito de corpo. Para eles, se fazia necessário materializar, através de um símbolo ou de um distintivo, todas estas características. Na época, o brasão de braço, era o único legalmente possível”.

Com esta ideia, três monitores se reuniram e passaram a “bolar” um brasão. Esses monitores eram: 3º Sgt Inf ALMIR DE ALENCAR SOBREIRA, 3º Sgt Inf LUIZ DE SOUZA AGUIAR e 3º Sgt Saúde URBANO LIBERATO DE AGUIAR, todos com o CGS feito no PANAMÁ.

Sem modelo para começar e entusiasmados pelo curso recém-conquistado, tomaram como base o distintivo do curso de selva do Exército Americano. Assim, surgiu o seguinte modelo:

  

Proposta do primeiro distintivo do CIGS

Apresentado ao Comandante do Centro, ele sugeriu modificações, impondo que, por tradição e por nossas origens, o distintivo de braço deveria ter o formato de escudo português, a cabeça da onça pintada foi mantida, mas, deveria estar em posição frontal. Surgiu o segundo modelo, que foi aprovado:

Primeiro distintivo do CIGS

Os primeiros exemplares foram elaborados em Manaus. Na época não havia artesãos especializados na confecção de artigos militares e, muito menos, de peças de uniforme. Mas o importante era fazê-lo, e foi feito.

A seguir, mostramos cópia do modelo confeccionado, do acervo particular do Coronel R/1 – GS 015 – FRANCISCO JANDER DE OLIVEIRA:

Primeiro distintivo do CIGS confeccionado

Mais tarde, com a aprovação da boina verde como peça de uniforme e de uso exclusivo do CIGS, eliminou-se o distintivo de braço, criando-se um metálico para uso na boina. Manteve-se o mesmo modelo e foram elaborados na cidade do Rio de Janeiro - RJ.

Distintivo metálico usado na boina

Posteriormente, em 1978, modificaram-se os dizeres do distintivo, retirando-se o “Guerra na Selva” e introduzindo-se a expressão “Operações na Selva”, ficando da seguinte maneira:

Distintivo “Operações na Selva” usado na boina

Um fato curioso é quanto à posição da onça, ora estava de frente ora de lado. Conforme foi mostrado, o primeiro modelo utilizado, a onça era apresentada de frente. Este aspecto ficou definido quando da aprovação do Estandarte Histórico que, tendo o escudo do centro em posição central, especificava “uma cabeça de onça-pintada, de ouro, voltada para destra, com pintas pretas e língua vermelha”.

O brasão do CIGS é o único distintivo estrangeiro a constar do livro “Le Troisiéme Etranger”, de autoria de Philippe CART-TANNEUR e Tibor SZECSKO, edição de 1989, que narra o histórico do 3º Batalhão da Legião Estrangeira da FRANÇA, destacado na GUIANA FRANCESA.
O brasão encontra-se no capítulo intitulado “Le royaume de la forêt”, que trata do treinamento de combate na selva dos legionários daquele batalhão, na página de número 135. Os franceses possuem um “Centre national d’entraînement et de combat en forêt èquatoriale, o C.E.F.E.". Na página de número 130, 10ª linha, diz que este Centro é “dirigé par un officier qui a fait lê stage de commando jungle à Manaus au Brésil”.

O Distintivo Pioneiro usado nas coberturas.
Cel Souza Abreu
Boletim Interno do CIGS, 2006(b)

Apesar de o distintivo pioneiro ter sido substituído como símbolo do CIGS, em 1970, com o advento do COSAC, os militares que realizaram o CGS e o COS permaneceram utilizando-o no gorro e no chapéu, como um diferencial não oficial do especialista.

No ano de 2015, o distintivo pioneiro passou a constar do Regulamento de Uniformes do Exército (RUE) sendo autorizado seu uso pelos possuidores do COS no chapéu bandeirante, gorro de selva e gorro de pala camuflado.

Distintivo atual do COS

Estandarte do CIGS

- Após muito tempo solicitar junto aos escalões superiores aprovação de um estandarte histórico, em junho de 1988 foi aprovado o modelo que ostenta a cor azul celeste por se tratar de um Estabelecimento de Ensino e uma estrela símbolo de Escola. Sua incorporação se daria durante o jubileu de Prata do CIGS, no ano seguinte. Foi confeccionada pelo “Velha Onça” Guerreiro de Selva Nr 470, Ten QAO R/1 Perácio Correa, antigo monitor do Centro.

- A Portaria Ministerial Nr 792, de 17 de agosto de 1988, finalmente aprovou o Estandarte do CIGS. No ano de 2000, por meio da Portaria Nr 183 do Comandante do Exército, de 17 de abril, o Estandarte foi modificado, com a inclusão da denominação histórica “Centro Coronel Jorge Teixeira”.

Primeiro estandarte - Projeto pronto (1988)


Primeiro Estandarte

- O Estandarte Histórico do CIGS possui a seguinte descrição heráldica: “Forma retangular tipo bandeira universal, franjado de ouro campo de azul-celeste. Em abismo, um escudo peninsular português, filetado de prata, chefe de vermelho, carregado com uma estrela gironada, de prata, símbolo de Escola. Abaixo do chefe, uma bordadura de amarelo, carregada com uma coroa de folhas de castanheiras, de verde, abraçando um escudete, também de verde e filetado de prata, tendo em brocante e em abismo, uma cabeça de onça-pintada, de ouro, voltada para destra, com pontas pretas e língua vermelha, caracterizando a imensa selva amazônica e o indômito sentimento de brasilidade em sempre guardá-la e defendê-la. Envolvendo o conjunto, a denominação histórica “Centro Coronel Jorge Teixeira”, em arco e de ouro, Laço militar nas cores nacionais, tendo inscrito, em caracteres de ouro, a designação militar da OM”. (Portaria Nº 183-Cmt Ex, de 17 de abril de 2000)

Brevê de Guerra na Selva

- O brevê do guerreiro de selva é confeccionado na cor dourada, sendo composto de um escudo português laureado, carregado com um torso de onça pintada, encimado por uma estrela gironada, sendo o conjunto complementado com ramos de louro distendidos horizontalmente.

Brevê do Guerreiro de Selva

- Compõe-se de uma elipse de campo aveludado verde, orlada em linha preta para militares que servem ou serviram na Amazônia e orlada em linha amarelo-ouro para instrutores e monitores do CIGS, tendo sobre a mesma o distintivo metálico acima descrito, conforme o Regulamento de Uniformes do Exército.

Brevê do Guerreiro de Selva para militares que servem ou serviram na Amazônia


Brevê de Instrutores e Monitores do CIGS

Chapéu Bandeirante

- Conforme relatos e registros históricos, o chapéu bandeirante – chapéu de selva, como o CIGS denomina – surgiu da necessidade de conforto, ventilação e proteção contra espinhos, sendo testado no ano de 1981. Com o tempo, tornou-se um símbolo dos militares do CIGS, sendo de seu uso exclusivo. A partir de 2015, com a atualização do Regulamento de Uniformes do Exército (RUE), passou a ser de utilizado também pelos militares possuidores do COS, que servem no Comando Militar da Amazônia (CMA) e no Comando Militar do Norte (CMN). Suas especificações são definidas no RUE.

- Convém destacar, entretanto, que a primeira cobertura diferenciada do CIGS foi a boina verde, aprovada pelo então Comandante Militar da Amazônia, General de Exército Rodrigo Octávio. Isso, após sugestão do então 1º Tenente de Infantaria, GS 015, Francisco Jander de Oliveira ao Teixeirão, para uso exclusivo pelos militares do CIGS, em 1967. Apesar de ainda não aprovada, a equipe do CIGS que visitou as escolas similares do Exército Norte-americano no PANAMÁ e nos EUA, no período março/abril de 1969, utilizaram a boina verde com o uniforme de instrução, durante as visitas às OM e atividades de campo. A boina só seria aprovada mais tarde, ainda em 1969. Por alguns anos, a boina verde foi de uso exclusivo do CIGS. Quando da modificação do RUE, na administração do Ministro do Exército Leônidas Pires Gonçalves, a boina verde foi adotada para todo o Exército e o CMA, dotado de boina rajada.

O Chapéu Bandeirante

A Divisão de Doutrina e Pesquisa em seu projeto F-1 “Chapéu de Selva Bandeirante”, testado durante o ano de 1981 em emprego na selva, tinha como objetivo atender à necessidade do combatente de selva no que se refere à cobertura da cabeça, dotando-o de um chapéu que lhe proporcionasse conforto, ventilação e proteção contra espinhos.

Sua descrição:
1) Constitui a cobertura para o Combatente de selva
2) Componentes:
A parte envolvente da cabeça é feita com tecido rajado, em tergal, na proporção de 66% poliéster e 33% algodão, forrado com chapas de raios-x da frente para a retaguarda.
As abas são largas, forradas e reforçadas por diversas costuras.
As partes laterais recebem duas janelas de arejamento, em forma retangular, devidamente encobertas com material tipo “mosquiteiro de rede de selva”.
A aba direita é dobrada e presa à parte lateral do chapéu, por costura logo acima da janela de arejamento.

Costurada na aba direita dobrada o emblema de gorro, obedecendo o seguinte:
(1) Emblema do Curso de Operações na Selva para os possuidores do curso.
(2) Emblema da Unidade para os demais.
Costurada internamente, uma extremidade em cada lado, desce uma jugular regulável, também feita em tergal rajado nas proporções já citadas.
As abas são forradas com um material indeformável que dá a devida forma ao tecido externo.
O material indeformável é comprado no comércio pelo nome de “Papel Indeformável”.


Primeiro projeto do Chapéu de Selva Bandeirante

DISTINTIVO DO CURSO DE PLANEJAMENTO DE OPERAÇÕES NA SELVA (CPOS)

- A Portaria nº 278-EME, de 21 de julho de 2017, criou o Curso de Planejamento de Operações na Selva (CPOS), tendo como universo de seleção os oficiais superiores possuidores do Curso de Operações na Selva ou do Estágio de Adaptação à Selva, que servem nos Grandes Comandos e Grandes unidades do Comando Militar da Amazônia (CMA), no Comando Militar do Norte (CMN) e no Comando da 13ª Brigada de Infantaria Motorizada.

- O distintivo do CPOS para ser usado nos uniformes a rigor e de passeio compõe-se de um conjunto formado por um escudo peninsular português filetado de ouro, formando um tabuleiro de verde escuro e verde claro. Em abismo no coração, um torso de onça pintada em suas cores características, encimado de uma estrela gironada dourada.

- A Portaria nº 440-EME/C Ex, de 2 de julho de 2021, extinguiu o CPOS.

Distintivos do CPOS

DISTINTIVO DE ESTÁGIOS

- A Portaria nº 671-C Ex, de 26 de junho de 2017, incluiu no Regulamento de Uniformes do Exército (RUE) o distintivo a ser utilizado pelos concludentes dos estágios do Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS).

- O distintivo dos uniformes a rigor e de passeio compõe-se de um escudo circular verde, filetado de dourado; no coração, um torso de onça pintada em suas cores características; no chefe uma estrela dourada gironada.