Brigadeiro Hilário Maximiniano Antunes Gurjão
BRIGADEIRO HILÁRIO MAXIMINIANO ANTUNES GURJÃO
ORIGENS
Hilário Maximiniano Antunes Gurjão nasceu em Belém do Pará, no dia 21 de fevereiro de 1820, e muito cedo ingressou no Exército brasileiro. Aos 14 anos de idade, já acompanhava seu pai ao lado dos legalistas, participando das lutas civis que ensanguentaram o Pará no ano de 1834. Aos 16 anos, estava a bordo da escuna "Bela Maria", no bloqueio feito em 13 de maio de 1836 contra os cabanos comandados por Eduardo Angelim, que fugiram para o município de Acará.
O SOLDADO
Foi promovido a cadete em 1837. Em 28 de fevereiro de 1839, foi designado para o comando das tropas sediadas na Fortaleza de São José de Macapá. Em Macapá, recebeu, em 2 de dezembro desse mesmo ano, a promoção ao posto de segundo tenente. Retornou à Belém, onde cursou a Escola de Artilharia e, em 1841, foi promovido a capitão, com apenas 21 anos de idade. Viajando para o Rio de Janeiro, matriculou-se na Escola Militar, vindo a tornar-se bacharel em Matemática, obtendo a classificação na Arma de Artilharia. Exerceu vários cargos militares no Pará e Amazonas com a missão de fortificar a região amazônica. Em 1857, atingiu o posto de tenente-coronel, quando inspecionou as Fortalezas de Macapá, Gurupá e Óbidos.
Retornando ao Rio de Janeiro, assumiu o comando do 3° Batalhão de Artilharia, onde recebeu a condecoração de Cavaleiro da Ordem de Nosso Senhor Jesus Cristo e o hábito de São Bento de Aviz. Comandou a Fortaleza de Santa Cruz e o 1º Batalhão de Infantaria sediado na corte. Em 1865, distinguiu-se na guerra do Paraguai com a patente de coronel; foi para o campo de batalha e dirigiu o bombardeio de Itapiru em 1866 e as ações de artilharia no Passo da Pátria e em Tuiuti; comandou a guarnição de Corrientes e as forças do Chaco em ação combinada com a esquadra em 3 de setembro de 1867; desalojou os paraguaios de Sauce em 21 de março de 1868, obrigando-os a abandonar toda a linha de fortificações próxima (inclusive a fortaleza de Curuzu) e a se concentrarem em Humaitá.
Seguindo para o Chaco, conseguiu estabelecer a comunicação entre a esquadra ancorada abaixo de Angustura e a que se encontrava em frente à Vileta. Em novembro, foi designado por Duque de Caxias para comandar a Artilharia do 2° Corpo do Exército sob a liderança do marechal Argolo Ferrão e, graças à ação de Hilário Gurjão, efetuou-se, em 5 de dezembro, o desembarque do 2° Corpo em Santo Antônio. O combate foi terrível. O marechal Argolo foi ferido e morreu, o coronel Fernando Machado caiu na Batalha. Essas duas baixas criaram indecisão entre os oficiais e soldados. Vendo a gravidade da situação, o general Gurjão, subcomandante da tropa, galopou sobre a ponte gritando ordens para atacar, sendo recebido por uma saraivada de balas. Tombou gravemente ferido na outra extremidade da ponte. Duque de Caxias chegou logo depois, e os paraguaios foram derrotados.
O bravo general foi transportado para a cidade de Humaitá, e, infelizmente, veio a falecer no dia 17 de janeiro de 1869. Posteriormente, seus restos mortais foram transferidos para Belém e sepultados no cemitério da "Soledade". A prefeitura de Macapá, para homenagear esse ilustre militar, comandante das tropas em Macapá, deu seu nome a uma das avenidas da cidade.
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