ZOO CIGS Recebe Jacaré-Coroa (Paleosuchus trigonatus): O Pequeno Gigante das Águas Amazônicas
Manaus (AM) – No universo da fauna brasileira, o Jacaré-Coroa (Paleosuchus trigonatus) se destaca por sua imponência e por suas características físicas singulares, que influenciam na escolha de seu nome popular. Reconhecido pelas elevações em suas pálpebras, esse réptil, também conhecido como Jacaré-Curuá, habita em ambientes alagados, rios, lagos, mangues e charcos da Amazônia.
Apesar de ser um dos menores jacarés do Brasil, o Jacaré-Coroa não deixa sua estatura diminuta interferir em sua eficácia como predador. Com um focinho alongado e estreito, ele demonstra destreza na captura de suas presas, que variam desde peixes e moluscos até pequenas aves e mamíferos.
Ele está presente nos estados do Amazonas, Pará, Roraima e Rondônia, onde desempenha papel importante no ecossistema dos ambientes aquáticos. Adaptado a viver em locais de difícil acesso para o homem, o Jacaré-Coroa transformou seu habitat em um verdadeiro refúgio natural.
Uma curiosidade interessante sobre essa espécie é o processo de determinação do sexo dos filhotes, influenciado pela temperatura do ambiente durante a incubação dos ovos. Temperaturas acima de 32° C favorecem o nascimento de machos, enquanto temperaturas abaixo de 30° C resultam em fêmeas, mostrando a complexa interação entre biologia e ambiente.
Recentemente, no dia 20 de fevereiro, o Zoológico do CIGS recebeu um filhote de Jacaré-Coroa em estado debilitado. Após cuidados médicos e tratamento adequado, o pequeno réptil encontra-se saudável e em breve será reintroduzido ao seu habitat natural, contribuindo, assim, para a preservação dessa espécie.
O Jacaré-Coroa, com sua grande importância e singularidade, continua a ser um símbolo da rica biodiversidade da Amazônia, inspirando ações contínuas de conservação e proteção de ambientes aquáticos.
Imagens: Acervo_ComSoc CIGS
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